Resenha: ‘A casa que amei’ da @Suma_BR

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A casa que amei
Autora: Tatiana de Rosnay
Tradutor: Catharina Epprecht
Editora: Suma de Letras
Páginas: 224
ISBN: 9788581050836
Publicação: 2012

Sinopse:
Paris, 1860.
Centenas de casas estão sendo demolidas e bairros inteiros reduzidos a pó. Por ordem do imperador Napoleão III, o Barão de Haussmann dá início a uma série de renovações que alteram para sempre a cara da antiga capital.
As reformas apagam a história de gerações, mas, em meio ao tumulto, uma mulher resiste. Rose Bazelet é uma viúva parisiense há anos de luto pela morte do marido. Mesmo assim, mantém uma vida movimentada, com amigos e uma rotina que a satisfaz.
Quando sua casa é posta na linha de destruição pela modernização parisiense, ela se desespera e não se conforma. Ela está determinada a lutar até as últimas consequências contra a derrubada de sua casa, que guarda tantas lembranças de sua família.
Enquanto outros moradores fogem, Rose se recusa a sair e inventa histórias para despistar os amigos, se escondendo no porão da casa. Sua única companhia é Gilbert, um maltrapilho que a visita e lhe traz comida. Numa tentativa de superar a solidão do dia a dia, ela começa a escrever cartas a Armand, seu marido já falecido. À medida que mergulha nas lembranças, em meio às ruínas, Rose é obrigada a enfrentar um segredo que esconde há trinta anos.



Há livros que te divertem, que te alegram e que te fazem rir de doer as bochechas… e há livros que te emocionam, que te fazem crescer e repensar atitudes e crenças.
Eu adoro ler os dois tipos de livros, mas o segundo tipo… me encanta!
A Casa que Amei é um desses livros que mechem com o seu emocional e te mudam de alguma forma. A mudança na maioria das vezes é sutil e delicada, mas geram em mim uma sensação de que amadureci mais um pouquinho. Você me entende?
Eu já conhecia a escrita da autora Tatiana de Rosnay quando li o livro A Chave de Sarah e sabia que ao começar a ler A Casa que Amei… não largaria de jeito nenhum. O livro é fininho e quando a gente percebe… acabou!
E no final, deixa a sensação de que o amor está no ar. O amor pelo seu lar, pela sua família, pelos amigos inusitados e verdadeiros que fazemos pelo caminhar da nossa vida.
Rose Bazalet, uma senhora de 60 anos, é a protagonista desta história. O livro começa com Rose escrevendo mais uma carta para o seu falecido marido Armand, amor de sua vida, e é através destas cartas que conhecemos a trajetória de uma vida cheia de amor, angústias, sonhos realizados e alegrias!
Rose está na casa onde criou sua família sentada na mesa da cozinha escrevendo suas cartas e nos contando como sua vida mudou tragicamente depois de receber uma carta da prefeitura avisando a todos os moradores da rua que suas casas serão demolidas, já que o imperador Napoleão III deseja fazer uma revitalização urbana nas ruas de Paris.
Entre os anos 1852 e 1870, Paris foi completamente remoldada. Com a demolição de casas e ruas inteiras, uma nova cidade nascia.
Muito apegada à velha Paris e em especial a sua casa, Rose que antes era uma mulher da alta sociedade, que sempre teve suas mordomias, acaba sem chão ao perceber que perderia a única casa onde foi feliz com seu marido e com seus filhos.
Então, ela se revolta se recusando a abris mão do último elo que a liga a sua família e faz o que nenhum outro morador fez: ela fica!
E ao ficar… nos encanta ao contar sua história, seus segredos, suas falhas, suas conquistas, seus amores e sua vida!
Deu vontade de voar para Paris só para caminhar pelo boulevard Saint-Germain, ir à esquina da rue du Dragon em frente ao café de Flore e olhar os prédios antigos alinhados, ainda de pé entre as construções em estilo Haussmann. Esses são vestígios da antiga rue Taranne, onde a fictícia casa que Rose tanto amou deveria estar!
Um lindo livro que emociona do início a fim!
Termino esta resenha deixando com vocês um trecho que demonstra todo o amor de Rose por um lar que a salvou!
“Essa casa é como meu corpo, como minha pele, meu sangue, meus ossos. Ela me carrega como carreguei nossos filhos. Foi danificada, sofreu, foi violada e sobreviveu, mas hoje ela vai ruir. Hoje, nada a salvará, nada me salvará. Não há nada lá fora, Armand, nada nem ninguém a que eu gostaria de me apegar. Sou uma velha senhora e é chegada a hora de me despedir.”
Eu entendo esse sentimento por um lar… quando tudo estava ruindo na minha família, Deus me deu um lar para chamar de meu e me dá forças até hoje para pagar por ele… O sonho de ter um cantinho meu e pra minha família se tornou realidade, mas ele foi sofrido e até hoje é ralando muito que vou quitando mais e mais parcelas dele. Agradeço todos os dias por ter tido esta oportunidade e por deitar a cabeça tranquila e poder chamar este lar de meu!
Obrigada a Editora Suma por este encanto de livro!!
Beijocas,


Um comentário

  1. Math que resenha linda, pela sinopse já da pra perceber que esse livro é emocionante, mas sua resenha mostrou o quanto ele deve ser encantador.
    Amo livros que mexem comigo e que depois de terminar ele, me deixa aquela sensação boa.

    @Agda01

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