Bate papo com John Fellix

Bom dia Envenenados!
Tudo bem com vocês?! Conforme divulgado em nosso facebook, hoje trago para vocês um bate papo rápido com John Fellix.

John Fellix tem 22 anos é do interior de São Paulo, é autor do livro Noturno - Renascer, e estará lançando em breve Broken Heart que contará a história de Claire, uma garota que é atormentada por um sonho que vem se repetindo há quase cinco anos. Ele se torna frequente com a chegada de seu décimo oitavo aniversário. 
Claire cresceu em um orfanato e, com a morte de sua primeira tutora, vai morar Nanam, uma senhora carismática que vive em San Juan Insland, um complexo de ilhas entre Vancouver e Seattle. 
Ela não é bem aceita na nova escola, porém acaba conquistando a amizade de um único aluno que, com o passar do tempo, acaba ganhando seu coração sem que ela se desse conta. Mas para sua sorte, é ex-namorado da garota que, desde sua chegada, declara que a odeia. 
Tudo muda quando uma estranha aluna se matricula e acaba desencadeando acontecimentos que estavam presentes apenas em seus secretos - e incomuns - sonhos. 

Já tive a oportunidade ler Broken Heart, é íncrivel devorei em um dia, para quem gosta de um romance cheio de mistérios e segredos essa é minha indicação.

Bom mais não é apenas sobre esse lançamento que vim falar, pedi ao John que respondesse algumas perguntas sobre como é a vida de escritor e de onde vem as ideias para suas livros. Segue abaixo nosso bate papo espero que gostem e comentem.

  • Quando e como você descobriu que tinha talento para escrever?
Não sou do tipo que diz que tem ‘talento’ para alguma coisa. Para mim foi apenas sorte. Como poucas pessoas sabem meu primeiro livro – Noturno Renascer- foi inteiro escrito através de fragmentos de sonhos.  Escrevia o que sonhava e apenas compartilhava com uma prima. 
Minha historia é totalmente diferente a dos utros autores, eles  que sempre almejaram se tornar escritores conhecidos desde que se começaram a formular idéias eu apenas escrevi um sonho. Nunca parei, e falei, vou ser escritor, antes quando alguém perguntava o que eu queria ser, eu respondia que talvez fosse fazer algo relacionado à enfermagem, radiologia, algo assim, particularmente foi sorte, não talento. – pelo menos é esse meu jeito de ver. 

  •  Sua família sempre te apoiou?
É estranho questionar esse apoio familiar, pois eles nunca me incentivaram a ler. 
Comecei a ler por intermédio da mulher de um primo, que é apaixonada por livros. Os primeiros que ela me emprestou foi Sherloke Holmes e Harry Potter, depois disso o vicio em leitura veio sozinho. 
Então quando falei para minha família: "mandei um livro para uma editora e vou publicar um livro" todos ficaram sem entender, mas sim, de uma forma ou outra todos me ajudaram. 

  •  Você tem algum "ritual" para escrever!? (Local, horário, em caderno, no computador...)
Em noturno renascer eu tinha o costume de escrever de madrugada, me enchendo de besteira, doce, chocolate , coca cola e com o ventilador ligado. – tenho uma ligação estranho com o clima gelado. 
E até hoje, quando o clima muda, e começa a ficar escuro e frio, eu sei que vou escrever! É algo estranho até de explicar, mas sempre que o clima muda, sei que vai vim algo em minha cabeça. Uma idéia um dialogo, sempre acontece algo.

  • Você acha que o crescimento dos e-books tem atrapalhado a publicação de novos autores?
Eu sou daqueles que gosta do livro físico, das paginas amarelada, daquele cheiro estranho e vicioso... Mas apoio esse novo modo de ler.  Porque é disso que precisamos, de mais leitores, independente a forma que eles leiam.  

  • Quantos livros você já tem escrito?
Publicado até o momento apenas um; Noturno Renascer.
Mas agora em 2014 as coisas vão dar uma mudada, pois teremos Broken Heart e 
Colapso que é a continuação de Noturno Renascer. E se tudo der certo teremos uma surpresa para o natal de 2014. Em processo de criação acho que uns 7 manuscritos. 

  •  Sei que em breve você estará lançando Broken Heart,conte um pouco da onde veio a ideia para ele.
Inicialmente era para ser apenas um conto, mas quando comecei a escrever, a historia fluía tão bem, e o desejo de continuar aquilo era tão grande que não consegui para em meras vinte páginas então acabei deixando rolar, para ver até onde aquilo ia dar.  
O resultado final desta brincadeira até me assustou, não me lembro bem, mas acho que em seis ou sete dias o livro estava pronto, assim deixei de lado o nome inicial (Broken) e deixei nascer Broken Heart. 
Sempre quis escrever sobre amizade, lealdade, família, e a escolha entre o amor e a amizade. Broken Heart tem bastante desses ensinamentos que uma parte de mim carrega. O tema escolhido sempre foi de um grande interesse meu, sempre tive uma visão diferente das coisas, e o apoio que faltava para me jogar de cabeça foi dado pela Caca Adriane. 

  • Qual seu autor(a) preferido?
É difícil falar apenas um autor como favorito, pois tem tantos livros que ainda posso me surpreender. Então vou colocar os autores que até agora eu mais gostei de ler: Lewis Carroll, Harlan Coben, Aleister Crowley, Dan Brown, S.G. Browne, Kimberly Derting, Stephenie Meyer, Jenna Black. Só coloquei autor internacional para não dar briga, por causa dos meus escritores nacionais.

  • No começo é bem complicado, acredito que conciliar a vida de autor com o dia-a-dia. Como você lida com isso!? Já passou por alguma saia justa por causa disso?
Até que no começo, nos primeiros meses após o lançamento de Noturno Renascer não foi tão complicado, mas agora... No primeiro livro tudo novidade - é claro que eu estava 100% a disposição para qualquer convite para divulgação. 
Inicialmente consegui fazer tudo que queria, mas agora que tenho outros projetos como teatro, apresentações de dança, trabalho, um noivado e casamento pro ano que vem... As coisas sem colidem e quando isso acontece é um verdadeiro desastre. Fora que alem disso tudo eu também tenho que arrumar tempo até mesmo para escrever. 
Há algumas semanas eu realmente pensei em jogar tudo pro alto, pois não estava conseguindo fazer mais nada dando o melhor de mim no projeto. 
Mas graças aos céus uma pessoa segurou minha mão e isso meio que me fez ir com calma. Agora sempre penso se posso ou não aceitar algumas propostas para não ter conflitos de agenda. Nem conflitos internos, que são o pior! 

Saia justa eu passo sempre. Como desmarcar um compromisso, para ir a outro e no fim esqueço o lugar que era pra ter ido e acabo indo no lugar errado, na hora errada. Ou ir correndo em cima da hora. Fora minha pontualidade que é magnífica. Quando esses atrasos acontecem e eu chego lá 40 minutos, 1hora depois do combinado e a pessoa ainda me espera, eu só fico pensando “ ela me esperou para me matar”.  Acabo por me desculpar, e a pessoa entende começa a conversar comigo eu respondo normalmente, mas continuo pensando “ela me esperou para me matar” – Ela vai me matar- ou – Ele vai me matar que nem mataram o verdadeiro John Lennon! – Vou morrer!
É a única coisa que vem a minha cabeça, tenho essa estranha mania de perseguição, ai quando dou motivo para isso acontecer ai que tudo piora. 
Mas o engraçado é que sou muito impaciente, alem de ficar irritado com o atraso alheio eu me irrito mais ainda quando eu que sou o atrasado da historia. 

  • Os livros seus que li todos se passam fora do país, já pensou em escrever algo que se passe no Brasil?
Sim, penso, mas não conheço tão bem o Brasil para fazer uma historia aqui. Gosto de ter uma geografia em mente quando escrevo. 
E sei que se for tentar escrever uma historia que se passa, por exemplo, em Curitiba vou querer colocar detalhes da cidade, e só em pensar que eu posso ir em Curitiba pois é no mesmo país, e não vou ir, já me frustra. Então acabo escrevendo uma historia que se passa lá fora, em um lugar qualquer que eu possa imaginar a cidade da minha maneira. Entende? E claro que tem aquele outro fato estranho de que, tem cidades lá fora que de um jeito diferente eu já conheço. 
Como onde se passa Noturno e Broken Heart.  

  • Em Noturno e Broken Heart as estórias são contadas pelo ponto de vista da protagonista, em algum momento você sentiu dificuldade em escrever e teve que pedir ajuda a alguma amiga, seja para uma frase ou uma ação!?
Fui criado apenas com primas, então acho que meio que meu subconsciente se baseia muito nelas na hora de escrever personagens femininos. O jeito que elas agem, pensam, as controvérsias do mundo feminino.
Cresci vendo e tentando entender o porquê uma pensa que as outras só pisam na bola com ela, coisas assim... 
E também tenho minhas betas, que eu acabo recorrendo para perguntar se está bom, se não ficou forçado de mais o comportamento em determinado capitulo.

Fica aqui meu SUPER obrigada ao John pela paciência em responder as perguntas, e por me deixar fazer parte do crescimento de Broken Heart, essa é minha primeira experiência do lado pré-produção e tem sido incrível.

Beijinhos,


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