Resenha: 'Palácio da meia-noite' da @Suma_Br


Palácio da meia-noite

Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma de Letras

Triologia da Névoa - Vol. 02 
Páginas: 272
Lançamento: 2013


saraivasubmarino



Sinopse:


Ben e Sheere são irmãos gêmeos cujos caminhos se separaram logo após o nascimento: ele passou a infância num orfanato, enquanto ela seguiu uma vida errante junto à avó, Aryami Bosé. Os dois se reencontram quando estão prestes a completar 16 anos. 


Junto com o grupo Chowbar Society, formado por Ben e outros seis órfãos e que se reúnem no Palácio da Meia-Noite, Ben e Sheere embarcam numa arriscada investigação para solucionar o mistério de sua trágica história.

Uma idosa lhes fala do passado: um terrível acidente numa estação ferroviária, um pássaro de fogo e a maldição que ameaça destruí-los. Os meninos acabam chegando até as ruínas da velha estação ferroviária de Jheeter’s Gate, onde enfrentam o temível pássaro.

Cada um deles será marcado pela maior aventura de sua vida. Publicado originalmente em 1994, O Palácio da Meia-Noite – segundo romance do fenômeno espanhol Carlos Ruiz Zafón – traz uma narrativa repleta de fantasia e mistério sobre coragem e amizade. 





Eu amo Carlos Ruiz Zafón. Desde o primeiro livro que li dele – Marina – me encantei e nunca mais abandonei. Qualquer livro do autor que saia no Brasil entra imediatamente para a minha lista de muito desejado. Entretanto, O Palácio da Meia-Noite foi o que tive mais dificuldade em ler. 

Na história, Ben e Sheere, logo que se conhecem, não fazem ideia do segredo que os une. Eles são irmãos, separados ainda bebês na esperança de que ambos sobrevivessem às tentativas de um espírito impiedoso, Jawahal. Ben é criado num orfanato, e lá funda a Chowbar Society, um grupo de órfãos que se reúnem no chamado Palácio da Meia-Noite. Já Sheere vive com a avó, Aryami Bosé, nunca se fixando em um lugar. Quando finalmente descobrem seu passado, os dois decidem juntos enfrentar o que quer que seja. 

Diferente do que estou acostumado com os livros de Zafón, esse não me arrebatou imediatamente. Eu demorei a engrenar com essa a história, apesar dela ter todos os ingredientes que me cativariam facilmente. Ainda assim, segui em frente com a leitura. E no final, fui recompensada. 

Uma coisa legal dessa história é que não é narrada por nenhum dos dois protagonistas. Quem narra é um dos membros da Chowbar e assim, a história é narrada de acordo com os acontecimentos dele.   Alias, uma coisa interessante na Chowbar é que cada um possui uma função clara, mesmo que isso nunca tenha sido dito oficialmente. Cada um tem uma qualidade ou habilidade útil ao grupo quando eles embarcam na missão de ajudar os irmãos.  

Mas, focando nos dois irmãos, Ben é um típico líder. Inteligente e corajoso, o órfão consegue ser carismático o bastante para não ser enfadonho. Ele  assume para si a missão de cavaleiro branco e a executa muito bem. Sheere é uma menina decidida e perspicaz que acaba surpreendendo. Ela não é uma mocinha em perigo, ela é uma heroína que coloca a mão na massa.  

O que me incomodou nesse livro definitivamente foi a narrativa. Apesar de ter uma trama extremamente interessante, acho que a narrativa não estava no compasso certo com a trama e acabou solando o bolo. Talvez, se fosse outro autor, não teria me incomodado tanto, mas de Zafón sempre espero mais e melhor.  

No final das contas, o livro, que tinha tudo para dar certo e ser mais um dos meus preferidos do autor, acabou sendo apenas bom. Muito potencial e pouca realização. Mas claro, vale lembrar que na verdade, o livro não é ruim. O que aconteceu foi que ele ficou abaixo da minha expectativa, que era muito alta. Se eu não tivesse expectativa alguma, provavelmente gostaria muito mais.  


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