E se fosse verdade...
Autor: Marc Levy
Editora: Suma de letras
Páginas: 232
Lançamento: 2013
Sinopse:
Lauren é uma jovem médica com muito potencial: faz residência no San Francisco Memorial Hospital, na Califórnia.
Porém, sua carreira promissora é interrompida quando ela é vítima de um grave acidente de carro e fica em estado de coma.
Com morte cerebral confirmada, ela acorda e descobre que está fora de seu corpo – incomunicável como um fantasma.
De forma misteriosa, Lauren consegue ser vista apenas pelo solitário Arthur, o novo inquilino de seu apartamento.
Cético, ele leva algum tempo para acreditar na história da invasora, mas logo o sentimento entre os dois se torna algo a mais. Sem esperanças, os médicos e a família da jovem decidem fazer a eutanásia.
Agora, o casal terá que lutar para salvar o corpo de Lauren, e descobrir alguma forma de reuni-lo com sua consciência.
Grande sucesso de vendas, a inusitada história de amor foi publicada originalmente em 1999.
Seus direitos para o cinema foram comprados por Steven Spielberg e a adaptação homônima, estrelada por Reese Witherspoon e Mark Ruffalo, lançada em 2005, foi também sucesso de público e crítica.
Para começar, vou ser honesta. Eu nem sabia que o filme “E se fosse verdade...” era baseado num livro. Um erro, certamente, mas ainda assim, não desmerece nem um nem outro. Sobre o filme, quando eu vi, achei ótimo, uma das melhores comédias românticas que eu vi. Já o livro, ao descobrir que é da autoria de Marc Levy, tinha certeza que era tudo isso e um pouco mais.
Lauren é uma jovem médica que passa uma imensa parte do seu tempo no hospital. Ela tem uma carreira promissora que acaba sendo interrompida por um acidente de carro que a deixa em coma profundo. Assim, ela retorna ao hospital para o qual trabalha, mas dessa vez como paciente. Arthur acabou de alugar o antigo apartamento de Lauren. Tudo está bem até que ele dá de cara com a uma jovem mulher dentro do seu armário do banheiro. O que já poderia parecer loucura se torna ainda pior quando ele ouve a história dela e descobre que ele é o único que pode ver e escutar Lauren.
Como eu assisti ao filme antes de ler o livro, obviamente, todas as minhas referências eram invertidas, o filme era minha referência. Portanto estranhei uma ou outra coisa ao longo da narrativa, mas o essencial o que torna a história cativante, estava lá, em todos os momentos. Da mesma forma, aos poucos, a medida que avançava a leitura, eu deixava para trás o rosto de Reese Whiterspoon e Mark Ruffalo como meus referenciais para protagonistas. E isso é muito difícil.
Marc Levy é um autor que não precisa de apresentações e nem de confetes. Mundialmente famoso, aqueles que conhecem amam e os que não conhecem estão perdendo algo incrível. Com uma sutileza e sensibilidades ímpares e combinadas, ele transforma qualquer história mediana em excelente. E quando a história já é boa, se torna inesquecível.
O interessante acerca de E se Fosse Verdade é a forma como Arthur se deixa envolver por Lauren, encarando-a sempre como uma similar, ou melhor, como alguém corpórea. Lauren por outro lado é quase um fantasminha camarada, que aceita sua condição indefinida ao mesmo tempo que quer muito voltar a ser normal. A interação dos dois é justamente o que dá vida ao livro e o que gera os momentos mais engraçados. É impossível não rir com algumas passagens.
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