Amor nas Entrelinhas
Autor: Katie Fford
Editora: Record
Categoria: Literatura estrangeira
Páginas: 399
Lançamento: 2014
Sinopse:
“Prestes a ficar desempregada, Laura
Horsley acha que o convite para ajudar na organização de um festival literário
veio bem a calhar. Mas quando recebe a missão de convencer o famoso escritor
Dermot Flynn a comparecer ao evento, ela é dominada pelo pânico. Dermot é
temperamental, nunca sai de casa e enfrenta um bloqueio criativo. É também o
escritor favorito de Laura, além de extremamente atraente e dono de uma longa
lista de conquistas amorosas. Por isso, não é de surpreender quando ele diz que
só vai participar do festival se ela concordar com uma única condição, que pode
colocar em risco não só o sucesso do evento, mas também o coração de Laura.”
“ Eu
declaro solenemente que nunca amei alguém como amo você. E que a amarei até que
as Montanhas de Mourne parem de descer para o mar ou que outros eventos
geológicos bem improváveis ocorram. E quero levá-la para casa, e tê-la ao meu
lado em segurança para sempre. E os pequenos, quando vierem, também estarão
seguros comigo.”
Montanhas de Mourne |
Laura
é uma mulher comum, sem muitas oportunidades, sem muitos amigos... digo, amigos
humanos. Sua maior paixão são os livros – algo em comum? – com os quais lida diariamente,
mesmo antes de ir trabalhar em uma livraria logo após sair da faculdade.
Sem
nunca ter contado com os aplausos dos pais, Laura vai vivendo seu dia a dia com
o apoio de Grant, seu gerente e amigo e Henry, proprietário da livraria que
está prestes a se aposentar e, com isso, decide fechar a loja.
Em um
dos eventos que organiza na livraria, pouco antes do seu fechamento definitivo,
ela conhece Eleonora Huckleby, agente de vários nomes do universo literário no
Reino Unido.
Ambas
passam boa parte do evento conversando sobre vários autores, o que, pelo teor,
não foi uma tarefa difícil para Laura, já que passara grande parte de sua vida
lendo. Por outro lado, ela não era uma pessoa muito articulada para conversar
com quem não tivesse intimidade. Na verdade, Grant era a única pessoa com que conseguia relaxar.
Para
sua surpresa e desespero, Eleonora a convida para o jantar com a equipe da editora
e o autor – estrela do momento. Não tendo como escapar – pois tanto Henry
quanto Grant, praticamente a expulsam da loja para o jantar – ela segue com o
grupo e fica sabendo que a sobrinha de Eleonora e seu marido estão planejando
um festival literário e precisam de alguém para organizá-lo.
Usando
de toda sua persuasão, e pressão, Eleonora acaba convencendo-a a comparecer à
reunião do pessoal para falar sobre o evento. Lá ela conhece todos os
envolvidos e suas funções, inclusive Monica, que tem uma banda feminina a qual
Laura já conhece, assim como um patrocinador potencial para o evento.
Todos estão
envolvidos nas discussões sobre o projeto, exceto Laura, que prefere não se
envolver, já que não pretende fazer parte disso tudo.
Até
que Jacob Stone a questiona:
“– Você conhece Dermot Flynn?
– Ah, conheço – respondeu Laura, genuinamente entusiasmada. –
Ele é brilhante. Ele foi...
– Traga-o para o festival e eu o patrocino, com qualquer soma
que for necessária – declarou Jacob Stone, cortando seu ímpeto de entusiasmo.”
Danou-se!
Depois disso, não tinha como explicar que ela conhecia mesmo era a obra e não
autor em pessoa, pois todos se voltaram para ela eufóricos.
De uma
maneira ou de outra, Laura viu-se a caminho da Irlanda, no fusca de Monica para
tentar o milagre de fazer com que o autor, conhecido por sua reclusão e aversão
a qualquer ideia de tirá-lo de seu país, aceitasse participar desse festival
como atração principal.
Vou me
poupar dos detalhes, evitando mais spoolers que a sinopse já dá.
O livro
é uma gracinha, a começar pela capa, que para todo apaixonado por leitura é,
por si só, uma declaração de amor.
Muito
bem escrito e editado, narra fatos e impressões, sentimentos e frustrações da
personagem principal.
Diferentemente
de muitos romances que tenho lido, Amor nas Entrelinhas está muito mais focado
nas mudanças pelas quais Laura passa, do que no relacionamento amoroso em si. Aqui
não temos a ótica da vida e sentimentos de Dermot. Felizmente, não é uma
história contada em primeira pessoa.
Muito do
que vamos lendo é sobre as descobertas que Laura faz sobre si mesma. Sobre sua
relação morna com seus pais, sobre a valorização que vai recebendo de pessoas
que, de repente, vão entrando em sua vida. Isso realmente aproxima a personagem
da realidade, pois, quem nunca teve problema com os pais? Muitos de nós
encontramos um afago em nossa autoestima em amigos, colegas de trabalho.
Mas o
que eu gostaria muito de ver mais nesse texto é a participação de Dermot, tanto
como escritor em crise de criação, como homem inteligente e com um humor bem
irlandês. Ele certamente trouxe leveza e humor à história, mas esteve mais
presente nos pensamentos de Laura que fisicamente, de fato.
Mas
esta é, sem dúvida, uma história com a qual podemos visitar as paisagens lindas
da Irlanda, nos embriagar nos pub britânicos junto com os personagens,
conseguir nos apaixonar ainda mais pelo universo da literatura e acreditar que
os desafios estão aí para serem encarados e ultrapassados.
Aproveitem
a leitura!
O livro parece bom ,mas não chega a chamar minha atenção..é confesso que gosto de romances mais escrachados rs. E este como você fala é mais as descobertas da protagonista que o romance em si.
ResponderExcluirAmo livros que são narrados na Irlanda, é um lugar que eu queria muiiiito conhecer..aiai suspira rs.
beijos.
Gostei dos comentários sobre o livro, mas no momento quero algo cheio de aventuras pra ler. Este me parece mais melancólico e quero algo mais emocionante. Beijos.
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